<a href="http://supravidasecular.bandcamp.com/album/ritmada-eloquencia-poetica-vol-i-ep">Causa Primaria by S.U.P.R.A. Vida Secular!</a>

domingo, 30 de março de 2008

GRAVANDO | #6

Posso dizer tranqüilamente que o álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I) já possui entre cinqüenta e setenta por cento de material gravado, significando um importante panorama do que será a coleção de canções que vão fazer parte do... tão aguardado “compacto disco” – pelo menos por este que vos escreve.

Concordo com meu produtor quando ele diz que o processo de mixagem das músicas é algo muito agradável de se fazer: trata-se de organizar todos os níveis de volume das vozes e instrumentos – a fim de que não entrem em conflito e estejam devidamente harmonizados – sempre atento às nuances e curtindo a evolução do som, que faz você viajar e sonhar um pouquinho.

Depois de tudo definido é hora de passar a faixa, já mixada, para M.D. (mini-disc) em duas versões: com compressão (sonoridade mais grave) e sem compressão (sonoridade mais aguda). Feito isso é só escolher qual delas será masterizada – o fim do estágio antes de ir para a prensagem de C.D.`s.

terça-feira, 18 de março de 2008

GRAVANDO | #5

Percebo que a cada sessão de estúdio – conforme o álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I) vai ganhando forma – meu nível de exigência aumenta consideravelmente. A produção das canções separadamente parece um mosaico, um emaranhado de elementos organizados de maneira matematicamente musical. Música é número + número e muita gente nem sabe disso. Mas, isso não vem ao caso e nem é tão importante.

O que eu queria dizer é que complicado sou eu, por ser tão detalhista. Às vezes tenho a sensação de que determinado arranjo ainda não está bom e que ainda posso melhorar. A verdade é que todo perfeccionista é um chato em potencial (e eu me incluo nessa categoria). Não posso ser radical, há um ponto positivo nisso tudo: no fim você fica orgulhoso daquilo que construiu. Gosto das surpresas que podem acontecer nos períodos de gravação. De repente, mexendo no teclado em busca de um timbre pintou uma idéia sensacional, acendeu uma lâmpada em cima da minha cabeça e exclamei: “Putz! É isso”.

domingo, 2 de março de 2008

GRAVANDO | #4

Muitos dizem que as coisas no Brasil só começam a engrenar a partir de março (ou após a folia da “festa da carne”). Pode até ser, mas pra mim nunca pára, estou sempre a todo vapor. Por exemplo: em pleno carnaval eu tava no estúdio gravando (e ainda continuo), cuidando do disco (Ritmada Eloqüência Poética – Vol. I) , trabalhando nos arranjos, preparando projeto gráfico (encarte do C.D.), dias depois lancei música nova, enfim... caminhando no ritmo da batida da vida.

Se eu tô no banho me ocorre uma idéia, se eu tô no ônibus me ocorre outra idéia, se eu tô deitado me ocorre mais uma idéia genial. E se eu não colocar um limite fica difícil concluir uma música, devido a alguns detalhes conceituais que só minha cabeça maluca consegue entender. É preciso priorizar algumas metas. No dia primeiro de março comecei a substituir algumas vozes ‘guia’ por vocais definitivos e em breve começaremos (Gusnob + produtor) a pré-masterização, que deverá se estender até o fim desse mês.

Há uma composição já gravada (não finalizada) que é uma verdadeira “porrada”, um manifesto musicado com uma sonoridade que pode soar estranha e ruidosa, mas sem deixar de ser empolgante; é meio rep-rock (incorporando referências de tecno-pop), temperado por uma gama de efeitos e um refrão matador. Trecho da letra diz assim: “Aqui no meu Brasil varonil/O lascivo é atração infantil/E a fé com má fé é usada como ferramenta mercantil”.