<a href="http://supravidasecular.bandcamp.com/album/ritmada-eloquencia-poetica-vol-i-ep">Causa Primaria by S.U.P.R.A. Vida Secular!</a>

domingo, 9 de novembro de 2008

GRAVANDO | #11

Havia mais de 1 mês – desde a masterização do álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I: EP) – que eu não colocava os pés no estúdio, até meu produtor Raul Rachid me ligar chamando para gravar. Encontro marcado, lá fui eu cumprir o dever de concluir uma canção inédita, ainda sob o título provisório de Solaridade. Embora o arranjo estivesse definido, tive a idéia de aumentar o andamento da música e refiz todas as vozes, além de por os vocais adicionais.

E quando toda a estrutura já estava fechada bolei uma introdução irada improvisando ao teclado, que acabei gravando. Composto por uma base hip hop (com loops de percussão), baixo e piano o registro feito por nós é cool, minimalista e, acima de tudo, a mensagem é bem otimista. Agora só falta mixar – esta que será a faixa bônus do EP – e acertar alguns pequenos detalhes. Presentão em breve por aí, hein!!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Nascimento De Um Rebento

Praticamente, foram dez meses de gestação, mas a longa espera chegou ao fim; Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I: EP), o álbum virtual de estréia do S.U.P.R.A. Vida Secular!, acaba de ser lançado em versão master oficial. Como pai dessa “criança”, sinto-me muito orgulhoso de vê-la caminhando com as próprias pernas, pois começou como um simples embrião, desenvolvendo-se a partir da força de vontade e da paciência do idealizador, até se transformar num... SONZÃO. Ouça esse rebento, então!!!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mexer, Colar, Misturar

Fazer remix é uma prática dominada eximiamente por D.J.`s especializados e produtores de música eletrônica, que na maioria das vezes subvertem a canção original – apresentando um resultado que pode agradar ou decepcionar. Partindo do zero, eles utilizam uma voz à capela gravada (interpretação vocal sem nenhum acompanhamento instrumental) ou samples (amostras ou pequenos trechos melódicos, harmônicos ou rítmicos) para reconstruir uma determinada composição musical, onde é permitido adicionar outros instrumentos. Misturar tudo novamente é um verdadeiro desafio para os profissionais de estúdio, movidos pelas inúmeras possibilidades de transformação sonora. Foi pensando nisso que decidi abrir os arquivos – apenas os vocais – de duas músicas clássicas do repertório do projeto S.U.P.R.A. Vida Secular! e disponibilizá-las para que qualquer remixador possa mexer livremente, desde que os créditos sejam dados ao autor da obra lítero-musical e ao intérprete da gravação.


A cappellas disponíveis em: www.overmundo.com.br/overmixter/media/people/supra-vida-secular



segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A Carta

A versão brasileira da revista mensal Rolling Stone vem sendo publicada desde outubro de 2006, de lá pra cá já foram 23 capas, mas só recentemente um homem negro ganhou destaque como matéria principal – na edição nº 22, julho de 2008. O fotografado da vez foi o candidato à presidência dos Estados Unidos Barack Obama. Fiquei tão surpreso que não pude deixar de manifestar a “ousadia” da publicação ao colocar um afro-descendente no foco das atenções e a importância deste. Digo isso porque 99% das matérias de capa são feitas com personalidades de pele branca (artistas, músicos, políticos, modelos, etc.). Se “tudo que importa” é cultura pop, música, moda, política e comportamento os negros não podem ficar de fora, deveriam estampar a primeira página pelo menos seis vezes ao ano. Afinal, a indústria cultural se resume apenas a rock and roll e a meninos e meninas caucasianos? A carta foi publicada na edição nº 23 (Página 12 – capa: Paulo Coelho, agosto de 2008).

Clique na imagem para ampliar!

domingo, 13 de julho de 2008

GRAVANDO | #10

O segredo de uma música certamente reside em sua base harmônica, normalmente construída a partir da melodia. Depois que se traça as linhas que vão sustentar e dar o tom ao canto, as idéias de arranjo começam a surgir. Ritmo e alternância, timbres, solos instrumentais, estrutura da letra e divisão interpretativa se encaixam dentro da composição como se fossem peças de uma roupa feita sob medida por um alfaiate.

Trabalho em estúdio parece algo interminável, sempre tem um detalhe que o artista quer acrescentar e o tempo mostra que é preciso ter paciência quando você se encontra no meio de uma produção musical; é o que garante a boa feitura do material sonoro – o álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I). Tô chegando lá!

domingo, 18 de maio de 2008

GRAVANDO | #9

Devagar se vai ao longe e aos poucos estou chegando à consolidação do álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I). Ele vai ganhando consistência à medida em que cada faixa é finalizada, somando ao repertório.

Gravamos três novas músicas (que começaram a ser arranjadas – uma marcha-canção, um choro-jazz e um hip hop-bossa nova) e já terminamos o processo de mixagem de outras quatro “pérolas nobianas”.

As gravações ‘master’ são tesouros lapidados pelas mãos de um cantor/compositor e de um tecladista/produtor ao longo de meses; sendo assim merecem todo o cuidado do mundo por parte de seu administrador maior, que sou eu – aquele que vai oferecer os tais tesouros musicais para a livre audição e difusão. Todo mundo vai ouvir o próximo som: “um manifesto anti-alienação” que abrirá as portas da sua percepção. Você está preparado para guitarradas sintetizadas e rimas contundentes?

sábado, 10 de maio de 2008

Mondo Musicale

Apesar de ainda não atingir todas as camadas sociais do Brasil - muitas vezes por causa de suas letras que denunciam uma realidade que ninguém quer ver -, o rap segue vários rumos. No caso de Gustavo Gêiser Nobio, entrevistado desta edição do Mondoscópio e conhecido pela alcunha de S.U.P.R.A. Vida Secular!, as letras carregam otimismo e positividade, mas sem esquecer do protesto.

Gustavo contou a MONDO77.FM sobre seu trabalho, sua ligação com o hip-hop, o primeiro álbum e a importância social desse estilo. Reprodução da entrevista concedida ao jornalista Gabriel Gurman.


Quando você percebeu que tinha talento para composição e interesse em  fazer música? Eu deveria ter entre 14 e 15 anos de idade. Isso aconteceu há muuuuuito tempo, lá no milênio passado [risos], por volta de 1989/1990.
Conte um pouco da sua história como músico (quando começou, etc). Desde moleque eu sempre gostei bastante de quadrinhos (especialmente os de super-heróis), meu sonho era ser desenhista e trabalhar na Marvel ou na DC Comics, mas eu não tinha o menor talento como desenhista. Meus pais viviam comprando papel, lápis de cor e material para desenho, incentivavam como podiam minha precoce inclinação para a arte – pelo fato de eu sair rabiscando tudo que via pela frente. Aos poucos fui percebendo  que eu era muito melhor com as palavras do que com figuras. Já sendo naquela época admirador de ficção científica e leitor assíduo da Issac Asimov Magazine (um livrinho de contos que era publicado todos os meses no Brasil), comecei a inventar as minhas próprias historinhas e alimentar a vontade de ser escritor ou roteirista. Mal sabia eu que aquilo nada mais era  que uma espécie de “estágio” para a formação do letrista que viria a seguir. De forma inconsciente, eu já absorvia algumas informações musicais dentro da minha própria casa, onde podia-se ouvir (velhos vinis de) Evaldo Braga, Benito di Paula, Roberto Carlos, Martinho da Vila, Michael Jackson, Jimmy Cliff, Phil Collins, Ultraje A Rigor, Paralamas do Sucesso, etc. Meu estalo aconteceu mesmo quando ouvi um disco do (sumido) M.C. Hammer chamado Please Hammer Don`t Hurt`Em (1990), emprestado por uma amiga. Foi a música "Pray" (com sample de Prince, faixa 2 do lado B) que despertou em mim o desejo de compor. A partir daí as rimas pueris foram nascendo, cresceram, amadureceram e tornaram-se mais ousadas poeticamente; gradativamente minha percepção musical se aperfeiçoou  e virei também melodista (devido ao interesse por música brasileira e jazz).  
Quem é Gustavo Nobio (de onde é, como vive, o que faz além da música, etc.)? Gusnob é um amante incondicional da música e entusiasta da arte; um jovem sonhador que vive no universo da criação. Sou natural do estado do Rio de Janeiro, fui criado na região metropolitana e moro em Niterói, cidade que já revelou grandes músicos. Trabalho na construção de letras e sons, sou um operário musical.
Da onde surgiu o nome S.U.P.R.A. Vida Secular! ? Esse nome surgiu em 2003, inspirado nas divagações durante o percurso de ida e volta pela ponte Rio-Niterói ao longo de uma semana de batalha. Sentia a necessidade de expressar minhas impressões  sobre a vida, musicalmente falando, através de um apelido que representasse um conceito: suprema unicamente, porém rígida absolutamente vida secular.
Como anda o processo de gravação de seu primeiro álbum inteiro, Ritmada EloqüênciaPoética (Vol. I). - Por que só agora um álbum inteiro? Comecei a gravá-lo em dezembro de 2007, um pouco antes do Natal. Está sendo produzido por mim (responsável pela autoria de todas as canções e concepção musical) e pelo Raul Rachid (teclados e programações). O disco será composto de nove faixas e será lançado ainda esse ano num esquema 100% independente (o famoso faça você mesmo/do it yourself), falta pouco pra ser concluído. Poderá ser ouvido também na internet e futuramente pretendo disponibilizá-lo para download. O interesse de algum selo ou gravadora é bem vindo, o que proporciona levar o formato físico a um público muito maior, mas... não há nada certo nesse sentido. A primeira música de trabalho, “Sorriso Miserando”, já está disponível aqui.  Costumo dizer que esse álbum é o meu primeiro filho: motivo de muito orgulho e  realização de um sonho pessoal. A semente já havia sido plantada em 2005, quando gravei um single com duas músicas intitulado Compacto Simples (Mente). Com o tempo a gente aprende que não se deve depositar muita confiança em promessas, é preciso arregaçar as mangas e meter a mão na massa. Corri atrás, suei a camisa e consegui captar recursos para viabilizar a produção (deixando bem claro que não tenho pai rico e não fui beneficiado com nenhuma lei de incentivo!).   
No seu blog (www.SupraVidaSecular.com), você comenta que um DJ turco tocou em uma rádio americana uma música sua, ou seja, de um brasileiro. Como você vê o cenário musical mundial de hoje em dia? Sem dúvida nenhuma está muito mais fácil divulgar um trabalho, pois não precisamos mais depender das companhias fonográficas e muito menos do c.d., deixando que a rede mundial de computadores assuma a função de vitrine e divulgadora. Eu percebo que em termos de qualidade artística a coisa não anda tão boa assim, embora a oferta de bandas e cantores seja gigantesca os avanços da tecnologia fizeram com que a música ficasse um pouco fria ou se transformasse em fundo musical para vídeo clipe na era MTV. O Kerem Gokmen, que comanda o programa Dubmission, é um verdadeiro exemplo de homem a serviço da boa música, o cara não é guiado pelas tendências de mercado, toca aquilo que tem personalidade e verdade musical.
Você acha que toda essa evolução tecnológica é apenas benéfica para quem mexe com música? Não. Se estende a todos que trabalham com comunicação de uma forma geral. Essa coisa de tecnologia é algo muito interessante também se olharmos para outras áreas, beneficia da investigação criminal até a agricultura. 
Nos EUA, o hip hop tomou conta do grande mercado e ultrapassou as barreiras do gueto. Aqui no Brasil, apesar do sucesso do Racionais em 1998, você acha que essa barreira ainda é grande? Penso que já foi até maior, mas poderia ter uma penetração mais abrangente. Isso tem a ver também com espaços, oportunidade e investimento. No primeiro mundo um artista de rap que fica milionário faz seu dinheiro circular, monta um selo e dá a chance de um artista menor mostrar o seu som. Aqui a coisa é diferente, parece que existe uma certa resistência, por parte dos grandes artistas, para abrir as portas aos que estão chegando. É tudo muito mais difícil no terceiro mundo, mas as barreiras existem pra serem quebradas.
Você acha que no Brasil, o hip hop é naturalmente uma música de protesto? Sim pelas condições sociais e culturais  desse país, a crítica é genuína a partir do momento que temos fome no Nordeste, falta de saneamento básico na periferia, moleque cheirando cola, ensino público deficiente, sistema de saúde precário e preconceito racial. A origem da música rap é norte-americana, mas a denúncia é brasileiríssima.
Em “Samba do Vacilante” você faz uma letra contrária às drogas e à violência. O que você acha das letras que fazem apologia a essas coisas? Todos são responsáveis por aquilo que defendem. Se numa música alguém glorifica as armas e o uso de entorpecentes (ou faz menção a isso nas entrelinhas) não poderá reclamar quando for vítima da violência (que não faz distinção de ninguém). Tem um ditado que diz que o feitiço às vezes volta contra o feiticeiro, é uma grande verdade.  O compositor tem que ter a responsabilidade de não passar péssimos exemplos de conduta para a juventude. 
Você acha que uma letra pode ter poder de transformação ou, pelo menos, exercer grande influência em uma pessoa? Sou prova viva disso. Fui influenciado pelas boas mensagens que li e ouvi e a minha música reflete positividade e otimismo em relação ao futuro.
Como você avalia a função social do rap? Um dos grandes trunfos desse tipo de música é o seu grande poder de formar opinião e agregar pessoas.  Ele educa quando deixa de ser extremista para ser articulado, baseando-se em fatos históricos que misturados a alegorias explicam a realidade da sociedade brasileira e levantam a bandeira da auto-estima do povo afro-descendente. O rap funciona, a meu ver, como ferramenta de valorização e respeito em relação às camadas mais carentes.  
Na última virada cultural em São Paulo , o palco de rap ganhou um grande reforço nasegurança e a revista foi muito mais rigorosa e severa. Você acha que o rap e os rappers ainda sofrem muito preconeito? Lógico que sim. É preciso dizer que artistas bem intencionados e conscientes pagam por aqueles sem nenhuma responsabilidade e que fazem mal uso do discurso violento que adotam.
Suas letras são autobiográficas? Posso afirmar que pelo menos 80% delas, são o espelho da visão que tenho desse mundão que procuro entender. Minha sede de expressão é enorme, é a SUPRA Vida e quem sabe viver faz parte dessa torcida.
A sua música possui influência de diversos gêneros como rap, jazz, hip hop, baião, rock e muito mais. Você acha que essa mistura toda acaba afastando aqueles fãs mais tradicionais de cada um desses estilos ou acaba unindo, através da música, pessoas que não se relacionariam normalmente? Pode afastar os mais radicais ou puristas, mas quem tem cabeça aberta não torce o nariz para a diversidade. Música é uma manifestação cultural que visa juntar as pessoas e não segregá-las.
Para onde caminha o hip hop nacional? Noto que o gênero vem se sofisticando cada vez mais, fico contente em saber que repeadores importantes como Marechal, Dom Negrone, Parteum (Mzuri Sana), Aori (Inumanos), Kamau, Paulo Napoli e vários outros promovem uma intensa “campanha” de elevação do ritmo e poesia como uma autêntica forma de arte contemporânea.  
Para qual público você destina sua música? Ou seja, existe algum público específico a quem você gostaria de atingir com as suas canções? Minha música é direcionada a todas as classes sociais que estejam dispostas a me ouvir, não quero que minha mensagem fique restrita a determinado grupo ou tribo. A intenção é que atinja o maior número de pessoas possíveis, dos barracos às mansões, e cumpra sua função: divertir e informar.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

GRAVANDO | #8

Se antes eu tinha 70% de material gravado, hoje já possuo quase 100% do álbum mais esperado de todos os tempos desde que comecei a fazer música lá pelos idos de 1990. Nunca pensei que um dia eu compusesse uma canção com estilo de banda marcial anunciando um grande desfile na avenida principal da cidade - ela é uma das faixas mais recentes e sintetiza o espí­rito do conjunto da obra.

Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I)
é a concretização de um sonho antigo, que só agora está ganhando tradução através dos sons. Eu já havia participado de outras produções fonográficas antes, mas apenas como intérprete em discos de coletânea. Dessa vez não serei um mero coadjuvante, agora sou o artista principal. Que rufem os tambores e me deixem passar que eu estou chegando!!!

domingo, 20 de abril de 2008

GRAVANDO | #7

Não tem jeito, sou daqueles cantores que possui a síndrome do botão vermelho (!?). Isso acontece quando estou no estúdio prestes a colocar voz; me posiciono diante do microfone, ajeito os fones de ouvido, me concentro na letra/melodia/afinação e respiro fundo, é nesse momento que o cara que está operando a mesa de gravação diz: “Valendo!”

Ele aperta a tecla record e automaticamente sou tomado por uma leve tensão. Sabe aquele medo de errar uma coisa que foi ensaiada diversas vezes? Pois então, acabo errando. Sou traído por minhas próprias emoções (comandadas por meu cérebro), mas volto ao trecho onde cometi o deslize e refaço - mais seguro.

Talvez esse tipo de falha seja por excesso de zelo e a melhor parte de todo o processo, sem dúvida, é a conclusão. Você ouve e constata que ficou muito bom. Certo dia um músico convidado foi lá gravar violão, não satisfeito com a execução que acabara de realizar ele perguntou: “Posso repetir? Tá faltando um pouquinho de suingue”. Puro capricho do violonista, o desempenho foi ótimo e o cara ainda tava grilado. Acho positivo termos essas saudáveis preocupações, os sentidos ficam mais apurados. E assim o álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I) vai sendo construído.

terça-feira, 1 de abril de 2008

A Missão Da Música

Costumo dizer que música é algo vital, sendo assim, não vivemos sem estímulos sensoriais e o som de um ritmo provoca essas sensações aprazíveis, não importando o gênero musical. Música também atravessa oceanos, percorre longos caminhos até chegar aí ou aqui, ou seja, navega virtualmente pelos quatro cantos do planeta (graças à internet) - conquistando ouvidos em terras estrangeiras. Existe uma canção que fala que "o mundo é uma esfirra de carne, tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire" conectados ao mesmo tempo agora. O D.J. turco Kerem Gokmen é uma dessas pessoas antenadas com as novidades e em sua seleção rola do soul ao acid-jazz e do hip hop à música brasileira. Gokmen é produtor e apresentador do programa Dubmission, que vai ao ar semanalmente pela rádio WYEP (do estado da Pensilvânia - E.U.A.). Na última edição, apresentada em 30/03, uma das faixas executadas pelo disc-jóquei - entre tantas outras - era nada mais, nada menos que... Samba do Vacilante (veja a listagem). A música foi a décima primeira da primeira hora, onde também tocou Eric B. & Rakim e Erikah Badu. Isso prova que S.U.P.R.A. Vida Secular! já ultrapassa fronteiras cantando em língua portuguesa. É a arte cumprindo sua missão e passando sua mensagem (mesmo que o idioma não seja compreendido).


domingo, 30 de março de 2008

GRAVANDO | #6

Posso dizer tranqüilamente que o álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I) já possui entre cinqüenta e setenta por cento de material gravado, significando um importante panorama do que será a coleção de canções que vão fazer parte do... tão aguardado “compacto disco” – pelo menos por este que vos escreve.

Concordo com meu produtor quando ele diz que o processo de mixagem das músicas é algo muito agradável de se fazer: trata-se de organizar todos os níveis de volume das vozes e instrumentos – a fim de que não entrem em conflito e estejam devidamente harmonizados – sempre atento às nuances e curtindo a evolução do som, que faz você viajar e sonhar um pouquinho.

Depois de tudo definido é hora de passar a faixa, já mixada, para M.D. (mini-disc) em duas versões: com compressão (sonoridade mais grave) e sem compressão (sonoridade mais aguda). Feito isso é só escolher qual delas será masterizada – o fim do estágio antes de ir para a prensagem de C.D.`s.

terça-feira, 18 de março de 2008

GRAVANDO | #5

Percebo que a cada sessão de estúdio – conforme o álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I) vai ganhando forma – meu nível de exigência aumenta consideravelmente. A produção das canções separadamente parece um mosaico, um emaranhado de elementos organizados de maneira matematicamente musical. Música é número + número e muita gente nem sabe disso. Mas, isso não vem ao caso e nem é tão importante.

O que eu queria dizer é que complicado sou eu, por ser tão detalhista. Às vezes tenho a sensação de que determinado arranjo ainda não está bom e que ainda posso melhorar. A verdade é que todo perfeccionista é um chato em potencial (e eu me incluo nessa categoria). Não posso ser radical, há um ponto positivo nisso tudo: no fim você fica orgulhoso daquilo que construiu. Gosto das surpresas que podem acontecer nos períodos de gravação. De repente, mexendo no teclado em busca de um timbre pintou uma idéia sensacional, acendeu uma lâmpada em cima da minha cabeça e exclamei: “Putz! É isso”.

domingo, 2 de março de 2008

GRAVANDO | #4

Muitos dizem que as coisas no Brasil só começam a engrenar a partir de março (ou após a folia da “festa da carne”). Pode até ser, mas pra mim nunca pára, estou sempre a todo vapor. Por exemplo: em pleno carnaval eu tava no estúdio gravando (e ainda continuo), cuidando do disco (Ritmada Eloqüência Poética – Vol. I) , trabalhando nos arranjos, preparando projeto gráfico (encarte do C.D.), dias depois lancei música nova, enfim... caminhando no ritmo da batida da vida.

Se eu tô no banho me ocorre uma idéia, se eu tô no ônibus me ocorre outra idéia, se eu tô deitado me ocorre mais uma idéia genial. E se eu não colocar um limite fica difícil concluir uma música, devido a alguns detalhes conceituais que só minha cabeça maluca consegue entender. É preciso priorizar algumas metas. No dia primeiro de março comecei a substituir algumas vozes ‘guia’ por vocais definitivos e em breve começaremos (Gusnob + produtor) a pré-masterização, que deverá se estender até o fim desse mês.

Há uma composição já gravada (não finalizada) que é uma verdadeira “porrada”, um manifesto musicado com uma sonoridade que pode soar estranha e ruidosa, mas sem deixar de ser empolgante; é meio rep-rock (incorporando referências de tecno-pop), temperado por uma gama de efeitos e um refrão matador. Trecho da letra diz assim: “Aqui no meu Brasil varonil/O lascivo é atração infantil/E a fé com má fé é usada como ferramenta mercantil”.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

GRAVANDO | #3

A primeira música de trabalho do álbum Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I), da banda de um homem só chamada S.U.P.R.A. Vida Secular!, já pode ser ouvida na íntegra. Sorriso Miserando [Versão Prévia] é o nome da canção já disponível no site TramaVirtual.

Considero essa música uma das minhas composições mais sensíveis por falar de um assunto tão delicado (a mendicância) usando o riso como metáfora. A letra extremamente reflexiva aliada à delicadeza do arranjo fazem da canção algo sublime por unir baião e reggae com batida eletrônica e orquestração sinfônica.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

GRAVANDO | #2

A melhor experiência do mundo, do ponto de vista de um compositor, é ouvir sua música depois de gravada – devidamente arranjada e com interpretação marcante – e curti-la tendo uma falsa impressão de que ela não foi composta por você. Engraçado isso, né? É uma sensação de orgulho, parece que não fui eu que compus, percebo que ela já caminha com as próprias pernas e não é apenas uma obra de minha autoria, já é do mundo.

Ouvi no estúdio mais uma canção – em estágio de finalização, junto do meu produtor e arranjador – que está simplesmente linda. Certamente será a balada do disco Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I) e tenho certeza que você vai gostar e vai se emocionar num clima totalmente bossa nova/lounge. A música teve como inspiração minhas longas caminhadas na solidão e ao sonhar sempre com ela (?) ao meu lado me dando a mão.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

GRAVANDO | #1

Gravar um disco é como observar o crescimento de um filho, você fica atento a cada etapa do desenvolvimento da sua criação, acompanha com orgulho. O projeto musical S.U.P.R.A. Vida Secular! vai dar a luz ao seu primeiro 'rebento', que já tem até nome escolhido: Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I). Seu nascimento está marcado para maio, após uma longa gestação que começou em 2005 com Compacto Simples (Mente) - CD-Single de edição limitadíssima que contém as faixas Vacilante Que Pensa Que É Gigante e O Grande Espetáculo (hoje disponíveis para baixar no site Tramavirtual).

Tais canções farão parte do álbum de estréia, porém ganharão novas versões remixadas e remasterizadas. As gravações caminham num ritmo bem ligeiro e fico surpreso com o bom resultado do trabalho. Duas faixas já estão prontas e outras ainda em processo de elaboração de arranjo ou em pré-produção. O lírico baião eletrônico Sorriso Miserando será a música de trabalho, a ser lançada depois do carnaval na rede mundial de computadores. O tema da letra trata da triste situação vivida por aqueles que moram na sarjeta, para os quais viramos as costas e fingimos não existir. Fique ligado!!!